Por Daniele Paula, Profissional Naturopata.

Você já ouviu falar em fitoterapia ou herbologia? Talvez não com este nome, porém você já ouviu a sua avó te recomendar um chá ou uma infusão quando você estava apresentando algum sintoma, não?

O termo Fitoterapia, 

deriva do grego therapeia, tratamento, e phyton, vegetal, e diz respeito ao estudo das plantas medicinais e suas aplicações na cura das doenças.

Herbologia tem a derivação na língua grega. Herb = ervas, Logia = "Ciência", estudo. Herbologia= A ciência que estuda as ervas.

As plantas medicinais podem ser utilizadas como terapia de apoio no tratamento e são muito usadas há muito tempo na medicina ayurvédica, na medicina tradicional chinesa, na medicina indígena e na naturopatia.

Os fitoquímicos das plantas são excelentes para amenizar sintomas, diminuir inflamações ou aliviar alguma reação. 

Nós aqui no Brasil somos beneficiados com uma flora muito rica especificamente quando se fala de plantas com componentes terapêuticos. Podemos citar algumas bem conhecidas: 

camomila, hortelã, boldo, carqueja, alcachofra, babosa, alecrim, lavanda, maracujá, espinheira santa, cravo, canela, anis-estrelado.

Quem nunca fez uma infusão (chá) de boldo para o fígado? Ou uma de camomila para cólica, hortelã para vermes ou folhas de maracujá para dormir melhor?

Muitas vezes os nomes populares podem gerar confusões, uma vez que em cada região do país o nome pode ser similar, porém a planta pode ser outra com componentes e efeitos bem diferentes. 

A própria menta (Mentha piperita, Mentha arvensis, Metha spicata) possui diversas espécies, assim como a lavanda (Lavandula officinalis, Lavandula hibrida). 

Podemos utilizar folhas, flores, caules, raízes, frutos e sementes de diversas plantas. Estas plantas possuem princípios ativos que podem ser aplicados em diversas situações. E, existem várias maneiras de preparar um fitoterápico, tais como: tintura, infusão, cocção, emplastro, unguento, pomada, sabão e pós.

Cabe destacar que o uso das plantas e ervas exige um estudo aprofundado e cauteloso, uma vez que existem plantas tóxicas, que podem causar efeitos colaterais, algumas são abortivas ou podem diminuir ou anular o efeito de algum medicamento alopático. Então só porque é natural não quer dizer que são seguras para todos e em qualquer situação.

Sendo assim, orienta-se que o cliente/interagente tenha instruções de um profissional naturopata para o correto uso tanto na escolha da erva, quanto da posologia adequada.

Como o ser humano é complexo e muitos fatores influenciam em um determinado sintoma/patologia, não indicamos a fitoterapia de forma isolada, ela é uma terapia de apoio o que significa que não exclui a mudança de hábito alimentar, exposição ao sol, fazer exercícios físicos e beber água na quantidade correta. 

Ela na verdade complementa o tratamento na busca da auto-regulação, auto-cura e homeostasia.

Abraços naturopáticos!

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